17 abril 2006

Não sabia que o Leonel era o K


É a cultura, estúpido! Li o Pêndulo do Eco e gostei da onda. Com a Quinta da Regalheira, mães de santo, templários e uma tensão noir. Segui com o Balduino e já achei que a coisa não aquecia nem arrefecia. (e tenho a Ilha e o Nome da Rosa em stand by...). O que eu não sabia é que o Nome da Rosa era anterior ao Dan Brown e ao Paulo Coelho! Ainda por cima o tipo anda praí a pastichar. Imaginem se simultaneamente pastilhasse... (E já agora, recomendo o estudo à la George (parece que está na moda), de Lobsang Rampa e Carlos Castañeda, e uma consulta no Professor Caramba.)
É bom aprofundar, depurar e atingir o zen pilo ou neuro erectil com a arte, mas é igualmente bom "enjoiar" (há dúvidas em relação a este neologismo anglófono, apreciarei a vossa opinião Sim ou Não?), os guilty pleasures idiossincráticos ou simplesmente assumir Gosto! e pronto (ou prontos, se forem jogadores de futebol ou estiverem para aí virados). O intectualmente correcto é uma seca. Sobretudo quando o achamos mesmo uma seca. Porque também pode ser eufórico, etc. Mas é curioso apreciar as vagas do intectualmente correcto,normalmente a reboque das ondas que chegam do estrangeiro, e que tantas vezes é uma espécie de Morangos com Açucar 8provavelmente com adoçante) da "inteligentsia". Só a distância do tempo permite uma avaliação mais concreta, aturada, e quasi-definitiva das obras e dos seus criadores. Claro que é para isso que existe a crítica especializada, e quejandos, mas essa também se engana, retrata e, pensando bem, é uma espécie de fast food ao serviço do mercantilismo cultural. Directa ou indirecta, consciente ou inconscientemente. Isto no fundo resume-se, tenho para mim, á eterna questão do DIP (discovery in progress, que é como quem diz, em português, ir molhando o pãozinho) e na partilha do gosto, tentando cativar os outros para aquilo de que gostamos e sendo, pelo caminho, igualmente cativados, ou não. Yhá, a provocação. E a eterna dúvida.
O Nome da Rosa é bom ou não? Se era bom quando o li será igualmente bom quando o reler? Será que o vou reler, que merece ser relido? Enfim... Se tivermos em conta a longevidade dos livros e a quase intemporalidade dos clássicos, e o estado de maturação/evolução/preversão/perturbação/interpretação (isto quase parece o festival da canção) da vida de cada um, então perceberemos melhor, quiça, e com a devida distância, a lógica do "só sei que nada sei". Quantas vezes o tempo não resgata ou enterra as obras?
Resumindo, por enquanto, não há nada como apreciar o momento, a ignorância e a certeza apaixonada do momento. Desde que seja genuíno, é defensável. Que o diga o esquilo da idade do gelo ou o coiote do Beep Beep, há coisas mais importantes na vida, não nos levemos demasiado a sério, há mar e mar há ir e voltar!

3 comentários:

K. disse...

Caro RP (de Rui Portulez),
Uma regra básica de uma sociedade maçónica para o tráfico de influências: Não se chama estúpido a alguém (em particular na primeira linha de um texto, e precedido do nome próprio da pessoa em questão), se não essa pessoa vai traficar influências para outro lado ou, pior, começa a mover influências contra ti. Não te preocupes, no entanto, porque a pessoa em questão tem um nível de influência zero.

Quanto ao outro assunto, pensei que se notasse pelo meu tom irónico que eu não levei a questão nada a sério, pelo contrário. Mas foi porreiro ter gerado alguma discussão!

K. disse...
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Anónimo disse...

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